domingo, 8 de novembro de 2015

Capítulo 1 - Papillons

Red Hair's
Capítulo 1 - Papillons

Diz a anedota que devemos ao invés de caçar borboletas, cuidar do nosso jardim e que assim as borboletas viram até nós. De fato é uma verdade, a mais linda veio até mim quando menos esperava. Mas vamos ao inicio do fim de semana que motivou esta história.
Noite de Sexta feira, chego em frente a um Shopping famoso da capital de meu estado, após horas de espera na praça de alimentação, o shopping já estava fechando e fomos ao encontro do grupo que conhecemos no congresso anterior, beijos e abraços, pessoas novas apresentadas, um tempo passa e nos chamam para ficarmos todos juntos, vejo pela primeira vez um rapaz bem magro, pele alva e de cabelos vermelhos em primeiro momento não dei muita atenção e continuei a conversa com meu melhor amigo, que por sinal é bastante implicante com gays, não demora muito e ele comenta sobre o rapaz de cabelo vermelho. O ônibus chega, arrumamos as malas e começamos a viagem de 12 horas, em todas as paradas achei que trocamos olhares, mas acredito que era apenas a minha vontade.

Chegamos ao hotel em porto seguro por volta das 12 horas do dia seguinte, perdemos contato até as 14 horas, hora de fazer o checking e dividir os quartos. Precisávamos nos unir em grupos de seis, foi então que para minha alegria um dos outros rapazes chamaram ele. Já sabíamos que em um dos quartos teria uma cama de casal a ser dividida, após as camareiras saírem meu amigo que ficou sendo o líder correu para a cama de casal e me chamou, acabou o garoto de cabelo vermelho ficando no outro quarto, eu queria ele na mesma cama que eu. Passou o primeiro dia e toda a programação, muitos olhares de minha parte, não sei se ele me notava ou mesmo se percebia, dormi cedo e ao acordar descobri que as meninas, irmãs e amigas de outros no quarto me sujaram de creme dental, tomei banho, muita zoeira, nos conhecemos e nos demos bem, o único que se isolava era o garoto alvo de minha maior curiosidade.

A noite do último dia quando ele entrou em casa, a sala estava cheia de meninas e estávamos jogando, ele resolveu sentar e jogar, o olhei e acho que sorri. Jogamos, nos divertimos e as poucos a maioria se retirou e foi dormir, ficaram apenas, eu, ele, e três meninas, conversamos de tudo, e em certo momento ele assumiu ser gay e continuamos até amanhecer. 7 e meia da manhã hora do café, fomos sozinhos, aproveitei este momento para me assumir ser bi, na volta ao quarto fui tomar banho, estávamos só, ele se arrumou e veio ao meu quarto, conversamos enquanto eu arrumava a minha mala, estava só de cueca, queria provocar, demorei um pouco mais que o necessário. Acho que consegui, lembrei de um sonho que tive no primeiro dia, sonhei que ele estava em pé no mesmo lugar e que eu o beijava, mas não tive coragem, de fazer nada.

Tomei banho os outros chegaram e saímos, o restante das programações ficamos sempre juntos, a vontade de tocar e beijar não passava, tentei algumas vezes. No ônibus na volta não conseguimos sentar juntos, mas faltando seis horas de viagem troquei de lugar e sentei ao lado dele. A galera também veio e começamos a brincar, cantar e tudo mais, certa hora já tinha quatro pessoas no mesmo banco e ele estava sentado no meio das minhas pernas. A sensação era maravilhosa, eu tentava me controlar de todas as maneiras para não ficar excitado, me parecia que ele se encostava de propósito, Como eu agradeci ficamos cinco pessoas no mesmo banco, muita zoeira, tiramos fotos e não resisti tocar em seus cabelos.

Certo momento um dos lideres veio com uma lanterna fui bem devagar nos retirando de uma posição que poderia ser constrangedora, embora a vontade fosse deitá-lo sobre mim, abraçar e não mais soltar, as meninas foram convidadas a  tirou as meninas e ficamos apenas três nesse banco, tudo escuro sinto um toque em minha perna, um toque macio, safado, mas romântico ao mesmo tempo, já não estava mais conseguindo me controlar, já estava ficando muito excitado e doido pra beija-lo, mas não era possível, segurei sua mão, entrelaçamos os dedos, respiramos fundo e ficamos sem palavras, depois da última parada, passamos as quatro horas seguintes de viagem, nos acariciando, tudo bem devagar e muito discreto, meu desejo era que aquela viagem nunca acabasse, cada reação de seu corpo me dava vontade de abraçá-lo.


continua...

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